Aliança Água + Acesso leva água potável para comunidades ribeirinhas do Amazonas

Parceria entre Instituto Coca-Cola Brasil e Fundação Amazônia Sustentável (FAS) deverá beneficiar mais de 1,1 mil pessoas em dez comunidades até abril de 2019

Com o objetivo de ampliar o acesso à água segura e de forma sustentável a comunidades rurais e ribeirinhas unindo parceiros de peso, tecnologias inovadoras e modelos comunitários, o Programa Água + Acesso, articulado pelo Instituto Coca-Cola Brasil em aliança com parceiros, tem o objetivo de beneficiar diretamente, em 2019, 50 mil pessoas em mais de 100 comunidades rurais nos estados do Ceará, Pará, Amazonas, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Piauí. No Amazonas, em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), a Aliança Água + Acesso levará água potável para cerca de 500 famílias até abril, alcançando 1,1 mil pessoas, situadas em dez comunidades ribeirinhas.

Várias comunidades ribeirinhas no Amazonas, localidades distantes e sem rede elétrica, já têm acesso à água tratada por meio de soluções inovadoras e autossustentáveis. Em Solimõeszinho, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista, e em Marajá, na RDS Rio Negro, foram implementados sistemas de tratamento via Água Box, tecnologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que bombeia e purifica a água usando energia solar. Em Tatulândia, também localizada na RDS Puranga Conquista, foi instalado um poço artesiano. A comunidade Santa Rita, localizada na RDS Piagaçu Purus, em Beruri, município a 173 quilômetros de Manaus, recebeu um sistema de abastecimento e tratamento de água. A perspectiva para 2019/2020 é ampliar para outras comunidades, entre elas a Vila Cujubim (RDS do Cojubim) uma das áreas mais isoladas da Amazônia.

Os novos sistemas de entrega de água potável recebem manutenção e gestão dos próprios moradores, que são treinados para isso

Os novos sistemas recebem manutenção e gestão dos próprios moradores, que foram treinados para isso. “O investimento engloba a perfuração do poço e a instalação de painéis solares e de um gerador. Sem falar na rede de distribuição e caixa d’água para cada casa. Caso aconteça um problema, como quebrar uma bomba, os próprios moradores estarão habilitados a fazer a manutenção, por meio de treinamentos”, explica Valcleia Solidade, coordenadora do programa Água + Acesso pela FAS.

Segurança hídrica

Desenvolvido pelo Instituto Coca-Cola Brasil, o programa Água + Acesso foi lançado em março de 2017 por nove organizações e no seu primeiro ano de atuação beneficiou mais de 4.200 pessoas em 15 comunidades dos Estados do Ceará, Pará e Amazonas. Hoje, conta com 15 organizações dedicadas a ampliar o acesso à água potável de forma sustentável em áreas rurais e remotas do Brasil. Entre elas, a Fundação Amazonas Sustentável, Fundación AvinaInstituto Trata Brasil, WTT (World-Transforming Technologies), Projeto Saúde e AlegriaCáritas Diocesana de PesqueiraSISAR PiauíCentral de Associações – SeabraCPCDABES-ES e ASPROC, Sistema Integrado de Saneamento (SISAR Ceará), Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Seção Espírito Santo (ABES-ES), Associação de Produtores Rurais de Carauari (ASPROC – AM), Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), Central de Associações da Bahia e o Banco do Nordeste,

“A Aliança Água+Acesso surge da observação do nosso cotidiano, junto com os parceiros locais. A poucos quilômetros da operação ou do ponto de venda vê-se comunidades sem água potável. Não podemos ser indiferentes a essa situação. Água é o DNA do nosso negócio e estamos determinados a criar valor além das fronteiras das nossas fábricas e da nossa cadeia produtiva. Por meio dessa aliança buscamos potencializar o ecossistema de acesso à água no país. Acreditamos que podemos usar nossa capilaridade, expertise e vocação e contribuir para que cada vez mais brasileiros tenham acesso à água de forma segura e sustentável”, afirma Rodrigo Brito, coordenador do programa pelo Instituto Coca-Cola Brasil.

Pilares estratégicos
Embora o Brasil seja um dos países mais ricos em recursos hídricos no mundo, contendo cerca de 12% da água doce disponível do planeta, esses recursos apresentam distribuição desigual nas diferentes regiões, assim como sua demanda, que é variável de acordo com o grau de desenvolvimento econômico e o adensamento populacional. O acesso à água potável é hoje um desafio de grandes dimensões no Brasil. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2025, duas em três pessoas sofrerão algum problema relacionado à água. Mesmo sendo a nona economia no mundo e com uma série de pesquisas demonstrando que investimentos em água e saneamento geram impactos econômicos e sociais positivos, o Brasil ocupa atualmente a 112º posição no Ranking Global de Saneamento, do Trata Brasil. De acordo com o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), seriam necessários R$ 503 bilhões para universalizar o acesso à água e saneamento no país até 2033.

 Com estratégia baseada em quatro pilares, a Aliança Água + Acesso já mobilizou, desde o seu lançamento, R$ 25 milhões para investimento até 2020. Os pilares são os seguintes:

Integrar: Fortalecimento de uma aliança crescente e intersetorial com o objetivo de alavancar impacto através de redes, expertises e investimentos complementares para ampliação de alcance e impacto quantitativo e qualitativo.

Inovar: Identificação, implementação e avaliação de novas tecnologias e modelos para acesso e tratamento de água. O objetivo é encontrar e implantar pilotos com soluções escaláveis e autossustentáveis através de editais e de mobilização contínua de inovadores visando impulsionar as soluções mais efetivas pela própria aliança formada.

Impulsionar: Ampliar o impacto e capilaridade das organizações sociais parceiras através da implantação, ampliação e revitalização de sistemas e estações de tratamento e abastecimento comunitários de água, assim como replicando e escalando as melhores soluções, modelos e boas práticas desenvolvidas pelas organizações aliadas promovendo ativamente o intercâmbio de aprendizados entre elas.

Influenciar: Sistematizar e disseminar boas práticas, soluções e modelos para além da aliança através de publicações, conteúdos, eventos e metodologias, contribuindo com a agenda e com a formação de melhores políticas públicas e programas relacionados ao acesso à água e ao saneamento em áreas rurais.

Formar uma aliança significa garantir que serão criadas as condições para a iniciativa crescer, trazer mais parceiros, mais investidores, e não depender apenas da Coca-Cola Brasil. “O trabalho em rede permite que aproveitemos os conhecimentos de cada organização e potencializemos suas atuações. A onda já começou, tem que continuar e se expandir”, conclui Brito

Com estratégia baseada em quatro pilares, a Aliança Água + Acesso já mobilizou R$ 25 milhões para investimento até 2020