Tecnologia que conecta artesãs e costureiras brasileiras ao mundo digital fica entre os 60 finalistas do MIT Solve

Fotos divulgação Asta

Um grupo de 60 empreendedores sociais promissores de todo o mundo reuniu-se  dia 23 de setembro, em Nova York para as finais do MIT Solve. Alice Freitas, diretora-executiva da Rede Asta, estava lá. Selecionada entre mais de 1.150 soluções de 110 países, a Plataforma Asta ficou entre as quinze finalistas da categoria Trabalho do Futuro.

A Rede Asta é um negócio social que desde 2005 promove o desenvolvimento socioeconômico do artesanato brasileiro, o empoderamento de artesãs e costureiras e o desperdício zero de materiais. Mais de 20 mil pessoas já foram beneficiadas e os impactos são diretos: além do aumento de renda para comunidades vulneráveis, técnicas de upcycling permitiram nesse período a reutilização de cerca de 10 toneladas de resíduos corporativos na produção de brindes, presentes, acessórios e produtos de decoração.

A Plataforma Asta oferece acesso pelo celular à Escola de Negócio das Artesãs, programa de treinamento baseado nos 13 anos de experiência da Rede Asta na economia do feito à mão, e conexão com o mercado, por meio de um aplicativo de comunicação para que as artesãs/costureiras troquem ofertas e demandas online. “Ela tem muito do nosso aprendizado e do conhecimento prático que acumulamos ao comercializar artesanato no Brasil. Colocamos na plataforma ferramentas para mostrar o poder do artesanato brasileiro e que ajudam o artesão a evoluir como empreendedor. Nosso maior diferencial é essa Plataforma feita especificamente para artesãos e costureiras, com linguagem adequada, por meio de aulas e exercícios direcionados a esse público”, explica Alice Freitas.

Em apenas quatro meses a Plataforma cadastrou 1.250 artesãos, dos quais 300 já estão realizando os cursos da Escola de Negócio das Artesãs, com videoaulas e exercícios, e 90 já fazem parte da vitrine virtual, na qual expõem seus produtos, selecionados pelo time de curadoria da Rede Asta. Desse modo os compradores encontram produtos dentro do padrão de qualidade que a Rede sempre ofereceu a seus clientes e todas as informações necessárias para começar a negociar com os artesãos. “Temos 300 lojistas inscritos na área de mercado. É esse público que poderá negociar com as artesãs na Plataforma Asta. Estamos no movimento de cadastrá-los, tanto indo pessoalmente às lojas, quanto por inscrição pelo site www.mercadoasta.com.br. A meta da Rede para os próximos cinco anos é ter 10 mil artesãos e 50 mil lojistas na Plataforma Asta”, acrescenta.

A Plataforma Asta está disponível tanto para desktop quanto para celulares Android. O aplicativo Preço Asta é um complemento para a gestão dos negócios produtivos tanto de técnicas artesanais, quanto de costura. Sua função é facilitar a precificação dos produtos e serviços dos pequenos produtores para que negociem de modo justo para eles e seus clientes.

Acesse a área destinada aos artesãos em www.plataformaasta.com.br ou pelo aplicativo de celular Plataforma Asta e as vitrines dos negócios artesanais focadas no mercado B2B em www.mercadoasta.com.br.

“Não entramos para a nova turma de Solvers do MIT, mas participar desse universo no qual as tecnologias mais inovadoras nascem foi um grande aprendizado. Ser indicado com a nossa tecnologia social já foi muito importante, mostra que estamos no caminho certo. A economia do feito à mão precisa estar no mundo tecnológico para não deixar de existir. O artesanato diz muito do povo, da sua cultura e da sua raiz, trabalhamos para que ele seja valorizado e tenha espaço nas próximas gerações”, comenta Mariana Valadão, coordenadora de comunicação da Rede Asta.

Challenge Solve MIT

Iniciativa do Massachusetts Institute of Technology para reconhecer soluções baseadas em tecnologia que atendam aos Desafios Globais selecionados pela instituição. Em 2018 foram: Comunidades Costeiras, Linhas de Frente para a Saúde, Professores e Educadores, e Trabalho do Futuro. É o principal evento de impacto social que dá início à semana da Assembleia Geral da ONU na cidade de Nova York.

A nova Classe Solver vem de 15 países e foi selecionada em um grupo de 1.150 candidatos de 110 países. Das 33 novas equipes da Solver, 61% são lideradas por mulheres; 64% das soluções selecionadas têm fins lucrativos, 24% são sem fins lucrativos e 12% são organizações híbridas.