Encontro de lançamento do GUIA 2.5 (sentido horário): Anna de Souza Aranha (Quintessa); Fábio Deboni (Instituto Sabin); Lucas Ramalho (Enimpacto); e Fernanda Bombardi (ICE)

A terceira edição do GUIA 2.5 traz 54 iniciativas, promovidas por 43 organizações, que dão suporte em várias frentes à expansão da área de negócios de impacto. O encontro de lançamento teve a participação de empreendedores da Hand Talk, Barkus e 4YOU2, e de Fábio Deboni, do Instituto Sabin; Fernanda Bombardi, do ICE; e Lucas Ramalho, da Enimpacto. Muita inspiração e informação para ajudar os empreendedores de negócios de impacto.

Como os empreendedores que têm negócios comprometidos em gerar impacto social positivo podem saber quais iniciativas podem ajudá-los em sua trajetória? A resposta a esta questão e muitas outras informações estão na terceira edição do GUIA 2.5, mapeamento de iniciativas que desenvolvem e investem em negócios de impacto no Brasil, lançado pelo Quintessa, com o apoio do ICE e do Instituto Sabin. A nova edição traz 54 iniciativas – 20 a mais em relação à última edição – promovidas por 43 organizações.

O Guia tem o objetivo de trazer clareza sobre o suporte existente para o desenvolvimento de negócios de impacto no Brasil, facilitando a conexão entre empreendedores e organizações do chamado setor 2.5. O setor 2.5, como descrito no Guia, “é uma referência à união entre características do segundo setor (formado por empresas privadas, marcado pela sustentabilidade financeira e foco em gerar lucro) e do terceiro setor (formado por organizações sem fins lucrativos, marcado pelo foco em gerar impacto socioambiental positivo). Os negócios de impacto se configuram então como setor 2.5, uma vez que, por meio da venda de produtos e serviços, trazem soluções para superar relevantes desafios sociais e ambientais”.

Ao reunir as informações em uma única publicação, o Guia traz mais conhecimento ao empreendedor e facilita a decisão sobre qual suporte seria mais adequado ao seu empreendimento. Segundo Anna de Souza Aranha, diretora do Quintessa, a terceira edição “revela que o setor está mais maduro e diversificado, fornecendo apoio a negócios de impacto em seus diversos estágios de maturidade, localização geográfica e necessidades de suporte. Entre 2017 e 2019 foram criadas 25 novas iniciativas focadas no apoio aos negócios de impacto, no contexto da criação de sete novas organizações no ecossistema, revelando que o aumento na quantidade de iniciativas ocorreu principalmente pela ampliação e diversificação do portfólio de organizações já existentes. Além disso, percebemos avanços com um maior apoio aos negócios em seus estágios iniciais e uma maior diversidade geográfica na sede das organizações, com ampliação para fora do eixo Sudeste”.


Considerando o total de iniciativas oferecidas, 65% têm foco no desenvolvimento dos negócios de impacto, enquanto 35% concedem apoio via aporte financeiro.


 

Para definir melhor o foco de atuação de cada organização, o questionário elaborado pelo Quintessa perguntou qual suporte seria diferencial na organização. Entre os principais estão desenvolvimento para capacitação e treinamento, gestão e aporte financeiro. Considerando o total de iniciativas oferecidas, 65% têm foco no desenvolvimento dos negócios de impacto, enquanto 35% concedem apoio via aporte financeiro.

E quais são os tipos de suporte mais oferecidos? As organizações pesquisadas oferecem sempre mais de uma iniciativa e as mais frequentes, pela ordem, são: rede entre empreendedores (45 iniciativas); rede de mentores (44 iniciativas); conexão com potenciais clientes e parceiros (43 iniciativas); conexão com potenciais investidores (41 iniciativas); e, com o mesmo número, capacitação e treinamento e desenvolvimento da gestão do negócio (40 iniciativas). Os tipos de suporte menos oferecidos são recurso filantrópico e espaço.

Apesar de serem muito oferecidos, os suportes de conexão com clientes, parceiros, investidores, rede de mentores e rede entre empreendedores, são pouco destacados como diferenciais das organizações. Entre os tipos de suporte considerados como diferencial estão principalmente o investimento ou empréstimo, foco principal de 16 iniciativas, seguido por desenvolvimento da gestão do negócio, foco principal de 11 iniciativas.


O suporte investimento ou empréstimo ainda se concentra nos negócios de impacto que estão em estágios mais avançados, os estágios 4, 5 e 6.


 

Essencial à expansão do setor de negócios de impacto, o suporte investimento ou empréstimo ainda se concentra nos negócios de impacto que estão em estágios mais avançados, os estágios 4, 5 e 6. O número de iniciativas apoiando os estágios iniciais cresceu nesta edição, mas ainda é inferior em relação aos estágios mais avançados. Os estágios do negócio começam em 1 – fase inicial, de ideias, no início da trajetória empreendedora – e vão até 6 – fase em que o negócio já está estruturado e preparado para crescer. O GUIA 2.5 revela que há muito mais iniciativas com foco nos estágios avançados de negócio – 51 iniciativas nos estágios 4, 5 e 6 – do que nos três primeiros – 26 iniciativas nos estágios 1, 2 e 3. As iniciativas com foco em desenvolvimento são mais distribuídas, a maioria no estágio 4, no qual o produto ou serviço já existe e é o momento de validá-lo no mercado.

Do ponto de vista geográfico, o Guia revela que existe hoje maior diversidade na localização sede das organizações, com ampliação para fora do eixo Sudeste. A região Sudeste concentra o maior número de iniciativas com foco nos estágios 4, 5 e 6, considerando a região da sede da iniciativa. Em seguida vem a região Nordeste, com 12 iniciativas e a região Sul, com 10 iniciativas, sempre considerando os estágios 4, 5 e 6 de desenvolvimento do negócio.


Há uma maior quantidade de iniciativas gratuitas quando o foco é desenvolvimento. Quando o foco está em aporte financeiro, as iniciativas têm como contrapartida principalmente a participação societária e a taxa de juros


 

Em relação à contrapartida exigida, há uma maior quantidade de iniciativas gratuitas quando o foco é desenvolvimento. Quando o foco está em aporte financeiro, as iniciativas têm como contrapartida principalmente a participação societária e a taxa de juros. Outro dado que chama a atenção, segundo Anna, é que “apenas 18 das 54 iniciativas são gratuitas, havendo contrapartida financeira das demais, o que revela que as organizações que apoiam os negócios de impacto também têm ou buscam ter sustentabilidade financeira”.

Enquanto a maioria das iniciativas com foco em aporte financeiro seleciona com base em setores-alvo, a maioria das iniciativas focadas em desenvolvimento não apresenta essa característica na seleção dos negócios de impacto. Dentre as iniciativas que possuem setores-alvo em sua seleção, os setores mais mencionados são: meio ambiente e tecnologias verdes, agricultura e alimentação, educação, saúde e bem estar, energia, água e saneamento.

Ao selecionar os empreendedores, as organizações levam em conta principalmente o perfil do empreendedor e da equipe, o impacto social (solidez do propósito), a solução apresentada (considerando inovação, escalabilidade, diferencial, base tecnológica) e o estágio de maturidade. As iniciativas propiciadas pelas organizações se denominam principalmente aceleradora, incubadora, consultoria, plataforma, gestora de investimentos, ativadora e investidora. E a maioria tem como metodologia de mensuração de impacto “indicadores estabelecidos com cada negócio”, seguida por “teoria de mudança”, “forma de avaliação de impacto ainda em desenvolvimento” e “não mensuram/acompanham” o impacto.

Para realizar o seu trabalho, 65% das organizações que realizam as iniciativas possuem mais de uma fonte de entrada financeira, sendo as fontes mais mencionadas a prestação de serviço para os empreendedores e a prestação de serviço para empresas, além da prestação de serviços para institutos e fundações.

Em relação à localização, o Sudeste é a região que possui mais sedes de organizações do ecossistema, com 30 delas. Depois aparece a região Sul, com 8 sedes, e a região Nordeste, com 5 sedes.

Boas práticas consideradas pelas organizações

Veja a seguir algumas dicas sobre boas práticas citadas pelas organizações que apoiam negócios de impacto.

Impacto

  • Clareza da teoria de mudança e do impacto do negócio – e de como a iniciativa ajuda a potencializá-los.
  • Não escolha do impacto ou lucro, equilibrando conforme momento e necessidade.
  • Alinhamento do negócio com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
  • Apoio de organizações ou pessoas-chave que possuem conhecimento e trajetória significativa na área para auxiliar na determinação de indicadores de impacto dos negócios e monitorá-los.

Apoio a negócios de impacto

  • Entendimento do que os negócios precisam, muito além do recurso financeiro; antes deve haver planejamento, plano de negócio, Teoria de Mudança e um plano financeiro com premissas já testadas, mesmo que em pequena escala.
  • Ativação de rede é essencial para o apoio a negócios de impacto.
  • Definição clara e conhecimento do público-alvo para desenhar bem a proposta de valor.
  • Atenção para relevância da relação entre Modelo de Impacto x Receita
  • Entendimento de que um negócio que se considera tradicional pode ter potencial de impacto. Se houver, é importante apoiá-lo na identificação enquanto negócios de Impacto, alinhamento de propósito e impacto, redesenho da forma de operação e estratégia de comunicação 

Ecossistema

  • Conhecimento sobre as iniciativas que já existem no ecossistema antes de criar uma nova.
  • Entendimento de onde a sua iniciativa se encaixa no ecossistema e como pode se conectar com as outras iniciativas.
  • Conhecimento de termos e conceitos já cunhados no ecossistema,
  • Fomento a empreendedorismo feminino e empreendedorismo negro.
  • Compreensão dos diferentes estágios e regionalidades do Brasil.

 Gestão das iniciativas de apoio

  • Alinhamento da proposta da iniciativa e expectativas com os negócios participantes.
  • Desenho da iniciativa em cocriação com empreendedores, focando neles.
  • Profundidade no diagnóstico inicial do negócio, de modo a compreender bem quais são os desafios e onde apoiar.
  • Constante sistematização e atualização de metodologias da iniciativa.
  • Acompanhamento sistemático de dados e séries históricas para acompanhamento da evolução dos negócios apoiados.

 Entre as demandas de auxílio externo solicitadas pelas organizações que apoiam negócios de impacto estão principalmente aquelas relacionadas à sustentabilidade financeira das iniciativas. Estas demandas envolvem: trazer capital de venture philanthropy para o setor para financiar as acelerações; fomentar Investimento Social Privado para apoiar as organizações que desenvolvem negócios de impacto filantrópicos; estruturar processo de captação de recursos filantrópicos; diversificar a captação de recursos para sustentabilidade da iniciativa; captar mais recursos para atender mais empreendedores; criar formas de financiamento mais robustos para alcançar um maior número de iniciativas; conseguir apoio para ter maior fôlego financeiro, aumentar o time e custear as operações. Auxílio externo também é solicitado pelas organizações em áreas como mentorias, mensuração de impacto, sustentabilidade financeira dos negócios apoiados e conhecimento sobre o setor.

A experiência dos empreendedores

Para o evento de lançamento do GUIA 2.5, no dia 4 de agosto, o Quintessa convidou os empreendedores Beatriz Santos, da Barkus; Gustavo Fuga, da 4YOU2 Idiomas e Ronaldo Tenório, da Hand Talk, para um debate. Segundo Beatriz, que tem 24 anos, a Barkus surgiu em 2016, com o propósito de democratizar o acesso a conhecimentos de finanças pessoais, evitar o endividamento e incentivar a população a investir. A empresa passou por incubação para desenvolvimento, mas não recebeu recursos de investimento.

Encontro de lançamento do GUIA 2.5 (sentido horário): Anna de Souza Aranha (Quintessa); Ronaldo Tenório (Hand Talk); Beatriz Santos (Barkus); e Gustavo Fuga 4YOU2

Já a 4YOU2 passou pela primeira aceleração em 2012, com Quintessa, seguindo depois com Artemisia, Yunus e ICE, entre outras organizações, inclusive fora do Brasil, e processos de captação de investimentos com Din4mo, SITAWI e Gaia. A empresa, segundo Fuga, teve um crescimento conjunto com o ecossistema. “Temos muito a agradecer, é um baita de um privilégio chegar a este nível de maturidade. Acho que o papel da Academia também é importante”, afirma Gustavo Fuga.


“Fico muito grato por conhecer tanta gente boa no ecossistema, impulsionando o bem. A gente tenta aprender todo dia e o que não falta é conhecimento”. | Ronaldo Tenório, da Hand Talk.


 

Ronaldo Tenório, da Hand Talk, empresa que acaba de completar 8 anos no mercado, diz que “fica feliz em ver o ecossistema mais maduro”. Com sede em Maceió (AL), a Hand Talk passou por seis processos de aceleração, no Brasil e nos Estados Unidos. Segundo Ronaldo, todos ensinaram a construir o negócio. Com o aplicativo de tradução virtual da linguagem Libras Hugo, a Hand Talk conquistou sucesso mundialmente. “Fico muito grato por conhecer tanta gente boa no ecossistema, impulsionando o bem. A gente tenta aprender todo dia e o que não falta é conhecimento”, afirma Ronaldo.

Mediadora do encontro, Anna Aranha perguntou aos participantes se o fato de passarem por várias aceleradoras gerava sobreposições. Para Gustavo Fuga, na fase inicial dos negócios há sobreposições, mas com o desenvolvimento das organizações e dos empreendimentos, houve uma adaptação maior aos nichos de atuação de cada um, com mais complementaridade. “Até porque, os problemas mudam tanto, depende muito do que o empreendedor precisa no momento. E não é só o negócio, tem a ver com a formação do empreendedor”, afirma Gustavo. Beatriz concorda que os problemas mudam muito e “as iniciativas ajudam a continuar no rumo”.

Para a Hand Talk, os modelos de aceleração foram muito complementares. “Aprendi a ser empreendedor, depois precisava organizar processos, depois escala, aperfeiçoamento do produto, cada momento diferente do outro”, diz Ronaldo. “O portólio mudou, porque os negócios foram amadurecendo, segmentando e especificando a forma de apoio desejada”, destacou Anna.


“Precisamos de empreendedores mais preparados para conversar, uma vez que há uma assimetria muito grande entre empreendedores e investidores. Seria preciso oferecer mais suporte nesta área. A galera do subúrbio pode não saber sentar na mesa.” | Gustavo Fuga, da 4YOU2


 

Um dos desafios do momento, na visão de Ronaldo e de Beatriz, é a diversificação da localização, uma vez que as iniciativas estão ainda muito concentradas em São Paulo. Um grande desafio, na opinião de Gustavo Fuga, é a captação de investimento. “A oferta de capital está crescendo bastante, com os fundos de impacto e outras iniciativas, e acredito que, com os juros baixos, deverá crescer ainda mais. Precisamos de empreendedores mais preparados para conversar, uma vez que há uma assimetria muito grande entre empreendedores e investidores. Seria preciso oferecer mais suporte nesta área. A galera do subúrbio pode não saber sentar na mesa”, destacou Gustavo.

Desafios e reflexões

Na segunda parte do debate, participaram Fernanda Bombardi, do ICE; Fábio Deboni, do Instituto Sabin; e Lucas Ramalho, coordenador da Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto, a Enimpacto. do Ministério da Economia.


“É importante que as organizações intermediárias se unam para ampliar o olhar para questões maiores. Precisamos sair da bolha, falar com os outros.” | Fábio Deboni, Instituto Sabin


 

Na análise de Fábio Deboni, as iniciativas para o campo de negócios de impacto ganharam mais diversidade de nomes, tipos, portfólio e regiões, o que representa uma evolução. Houve crescimento da oferta e da demanda. Além disso, “o ecossistema ganhou mais musculatura regional, com exemplos como a PPA na Amazônia e o Impacta Nordeste”, afirma Fábio. Ele considera importante também destacar as parcerias com instituições, fundações, empresas e governo. Nessa área, ele acha importante rever narrativas: “Às vezes há um caráter pejorativo, mas não é ruim trazer mais parcerias na área da filantropia”, destaca Fábio. Anna Aranha considera que “o olhar filantrópico é muito importante, principalmente no que se refere ao capital necessário para ajudar os profissionais de desenvolvimento principalmente nos estágios mais iniciais dos negócios”.

Como reflexão, Fábio Deboni ponderou que “é uma tarefa muito ingrata ser organização intermediária no setor de negócios de impacto. Essas organizações têm desafios próprios de sustentabilidade e quem as apoia?”, questiona. Ele considera importante que as organizações não se percam em disputas internas, embora sadias, mas que se unam para ampliar o olhar para questões maiores. Precisamos sair da bolha, falar com os outros”, ressaltou.

Fernanda Bombardi concorda que é necessário “sensibilizar o investidor para trazer mais recursos para os negócios em fase inicial”. Nesse sentido, ela acredita que o GUIA 2.5, “além de inspirar os empreendedores a tomar posições mais conscientes, também ajuda a entender o papel das organizações e que tipo de suporte precisam para suas iniciativas”. “A sustentabilidade financeira das organizações de suporte é muito importante, para que possam se fortalecer e dar o apoio adequado aos negócios, especialmente em sua fase inicial”.


 

Os negócios de impacto não devem ser tratados como negócios normais. Ajudam a sociedade, e o recurso público deveria entrar mais. Acredito que seja um fator que precisa ser olhado com mais atenção.” | Lucas Ramalho, coordenador da Enimpacto


 

Lucas Ramalho, da Enimpacto, servidor público há 15 anos, acredita que o ecossistema deveria reforçar a reivindicação por mais recursos públicos. “Quando olhamos para o Reino Unido e Portugal, por exemplo, vemos que os recursos públicos tiveram um papel fundamental para a estruturação do ecossistema. Isso não é trivial, diz respeito a como os atores se reposicionaram. Os negócios de impacto não devem ser tratados como negócios normais. Ajudam a sociedade e o recurso público deveria entrar mais. Acredito que seja um fator que precisa ser olhado com mais atenção”, destacou Lucas Ramalho.

Ele acredita que a entrada do poder público, via Enimpacto, ao final de 2017, ajudou a fortalecer o setor, dando mais visibilidade, reforçando as estratégias estaduais e editais lançados pelo Sebrae e BNDES, por exemplo. Embora essa entrada ainda não represente muitos recursos, Ramalho acredita que tem uma influência relevante no engajamento dos vários atores do ecossistema.

Outro ponto destacado por Lucas, refletido no GUIA 2.5, é o pouco apoio concedido aos negócios em seu estágio inicial. “As entidades privadas em geral querem os negócios mais estruturados, o que gera um problema grave de pipeline. E aí, mais uma vez, o papel do setor público é importante.”

No que se refere à Academia, Lucas revelou que há um empenho por parte da Enimpacto hoje em convidar todas as universidades federais para que tenham um maior engajamento institucional com o ecossistema de negócios de impacto. “Este envolvimento poderia garantir um pipeline melhor, principalmente na região Norte”, afirma.