Diversidade e colaboração são os temas do Encontro Nacional de Microempreendedores

Fotos: Aliança Empreendedora

Encontro da Aliança Empreendedora aprofunda debate sobre temáticas específicas enfrentadas por empreendedores, que dificultam a sua jornada.

Com o tema “Todos Podem Empreender – Diversidade e Colaboração”, a 6ª edição do Encontro Nacional de Microempreendedores reúne em São Paulo cerca de 250 pessoas em torno de palestras, oficinas, atividades, intervenções artísticas e feira gastronômica. O evento acontece no dia 2 de julho, das 8h às 17h30, na Unibes Cultural, e é promovido pela Aliança Empreendedora, entidade que há 14 anos apoia o desenvolvimento de microempreendedores de comunidades de baixa renda.

“Queremos quebrar o estereótipo de que o empreendedorismo é feito por um homem branco e engravatado. O empreendedor de baixa renda não se identifica com esse perfil e, na nossa experiência com projetos que impactam milhares de pessoas, vemos que a realidade é diferente”, explica a coordenadora do encontro, Helena Casanovas, que é também cofundadora da Aliança Empreendedora.

Sete microempreendedores de diferentes regiões e áreas de atuação – apoiados ou não pela Aliança – compartilharão com o público suas experiências. Ao relatar suas histórias e aprendizados no painel Ideias Empreendedoras, levantarão o debate sobre a diversidade. Já para incentivar a colaboração, serão realizadas oficinas ministradas também por empreendedores.

Outras três oficinas serão realizadas em parceria com Facebook, Mercado Pago e Assaí Atacadista. O intuito dessas atividades é apresentar ferramentas para que os empreendedores impulsionem seus negócios. Temas como pagamento online, mídias sociais e planejamento de promoções farão parte da agenda.

Também entrará na programação uma Feira Gastronômica formada apenas por fornecedores microempreendedores da área gastronômica. Além de ser um momento de networking entre os participantes, a feira estará aberta ao público externo que estiver presente em outras atividades da Unibes, das 14h às 18h. O evento é patrocinado pelo Bid Lab e pelo Instituto Lojas Renner. Para conferir a programação completa, acesse aqui.

Para Helena Casanovas, os temas diversidade e colaboração têm ganhado força, principalmente nos últimos dois anos. “Quisemos trazer a temática para provocar o ecossistema que apoia microempreendedores no Brasil a trabalhar com diversidade. Essa sempre foi uma temática transversal, mas nunca debatemos a questão mais a fundo, por exemplo com empreendedores transsexuais ou com algum tipo de deficiência. Vamos trazer esses empreendedores e suas experiências para o centro do debate, para que contem sobre as especificidades que enfrentam no empreender. A jornada e as barreiras são diferentes. Não podemos falar que os desafios são os mesmos para um empreendedor negro ou para um empreendedor com deficiência”, destaca Helena.

Aliança Empreendedora

A Aliança Empreendedora foi fundada em 2005, em Curitiba (PR), com o objetivo de oferecer a microempreendedores de baixa renda e grupos produtivos comunitários de todos os setores e idades o apoio necessário ao desenvolvimento de seus negócios. Na visão da Aliança, todos podem empreender; o empreendedorismo é o motor da economia e somente a atuação conjunta de pessoas, empresas, empreendedores, governos e organizações impulsionará o desenvolvimento desejado no Brasil.

Entre outras frentes de atuação, a Aliança realiza trabalhos de consultoria e execução de modelos de negócios inclusivos que transformem cadeias de valor tradicionais em cadeias mais justas e lucrativas, por meio da inclusão de microempreendedores de baixa renda. Com esse foco, trabalha com grandes empresas para criar modelos e oportunidades de negócios que gerem tanto lucro como impacto social junto com microempreendedores de baixa renda, atuando desde a pesquisa e identificação de oportunidades até o desenho, planejamento, implantação e avaliação desses modelos.

Entre outros pilares, a metodologia da Aliança Empreendedora está baseada na teoria Effectuation, que vê o empreendedorismo não como um dom ou conjunto de características, mas como um conjunto de habilidades desenvolvidas pela prática e experiência. A teoria Effectuation estimula os microempreendedores a criarem e ampliarem seus negócios a partir do que eles têm, desenvolvendo três pilares fundamentais: 1 – quem eles são (identidade, sonhos e autoimagem); 2 – o que eles sabem (conhecimentos e experiências); e 3 – quem eles conhecem (rede de contatos). A aplicação dessa teoria se dá tanto pela sua simplicidade, como pela sua eficácia com microempreendedores de baixa renda, que em geral “começam com o que se tem” para criar oportunidades.