Artemisia e Instituto Sabin selecionam negócios de impacto social que oferecem soluções para a saúde pública

O programa de aceleração de curto prazo Artemisia Lab – Desafios da Saúde Pública vai selecionar até 15 negócios. As inscrições vão até 10 de setembro

Com o objetivo de apoiar empreendedores de impacto social que atuam na redução de problemas relacionados aos serviços de saúde, a Artemisia e o Instituto Sabin anunciam o Artemisia Lab – Desafios da Saúde Pública, programa de aceleração de curto prazo que vai selecionar até 15 negócios em estágio inicial para uma jornada de aceleração de seis semanas. As inscrições estão abertas até 10 de setembro pelo site www.artemisia.org.br/labsaude.

Podem se inscrever empreendedores de todo o Brasil que tenham negócios de impacto social inovadores e que estejam alinhados aos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU): Erradicação da Pobreza (ODS 1); Saúde e Bem-Estar (ODS 3); Indústria, Inovação e Infraestrutura (ODS 9); e Cidades e Comunidades Sustentáveis (ODS 11). Além disso, empreendedores especialmente dispostos a analisar diferentes modelos de negócio (B2C, B2B ou B2G), mesmo que ainda não vendam ao setor público, e aqueles com a intenção de ampliar a visão de impacto para uma futura atuação em parceria com o setor público.

Os empreendedores selecionados serão potencializados com base na metodologia de aceleração da Artemisia, pioneira no apoio a negócios de impacto social no Brasil, tendo acesso à curadoria de ferramentas e conteúdos; conexão com outros empreendedores do setor; e mentorias com especialistas em negócio, impacto social e saúde. Entre os negócios selecionados, os três que apresentarem melhor desempenho ao longo do processo receberão mentorias extras. O programa conta com workshops presenciais e webinares (encontros online).

Segundo Maure Pessanha, diretora-executiva da Artemisia, “o Lab é resultado do entendimento sobre a complexidade dos principais desafios da saúde no Brasil, que afetam principalmente a população de baixa renda. Em um cenário em que 70% da população depende do SUS, é latente a necessidade de apoiarmos negócios de impacto com soluções inovadoras voltadas à resolução de alguns dos grandes desafios públicos do setor. Com esse olhar sobre os problemas e as oportunidades, vamos dar suporte às startups que apresentam potencial de impactar positivamente milhões de brasileiros e brasileiras”, avalia a executiva, acrescentando que “um dos objetivos do programa é apoiar uma nova geração de empreendedores e de negócios que olhem para desafios complexos e tragam soluções inovadoras para velhos problemas”.

Na análise de Fábio Deboni, gerente-executivo do Instituto Sabin, a inovação do programa reside na busca de soluções a partir dos principais desafios dos serviços públicos de saúde do país, que atingem diretamente o cotidiano de milhões de brasileiros. “Acreditamos que os negócios de impacto social com foco na saúde possam ampliar o acesso, qualificar e complementar os serviços públicos, trazendo mais dignidade e qualidade de vida para grande parte da população. Nosso objetivo é encontrar soluções que tenham potencial de gerar alto impacto social na temática para serem aceleradas em um curto período de tempo”, analisa.

Entre as possíveis soluções para os desafios do setor de saúde para a baixa renda, a Artemisia destaca: comunicação entre pacientes e serviços de saúde (triagem, agendamento de consultas e exames, lembretes, acesso à informação, respostas a dúvidas); acesso a medicamentos (apoio à gestão de demanda, estocagem, distribuição de medicamentos); acompanhamento de grupos de risco (com foco em pacientes de doenças crônicas, idosos e grupos vulneráveis como gestantes e crianças); qualificação de profissionais de saúde (cursos/treinamentos presenciais ou à distância que qualifiquem profissionais do setor de saúde ou gestores públicos da área); uso de dados e integração dos sistemas (que integrem diferentes sistemas utilizados no setor público e/ou melhorem a análise de dados gerados); utilização de recursos públicos (soluções de apoio à gestão e/ou eficiência e transparência na aplicação de recursos na área da saúde); prevenção e promoção da saúde (soluções focadas nos agentes comunitários de saúde para atendimentos básicos e/ou que apoiem medidas de prevenção de epidemias por alertas, campanhas de vacinação); e inovação e tecnologia na área da saúde (tecnologias que tragam melhorias e agilidade aos serviços de saúde, como exames de imagem, prescrição médica digital).