A Banca abre inscrições para a 2ª rodada da ANIP

A Aceleradora de Negócios de Impacto da Periferia (ANIP) abriu inscrições para empreendedores de negócios de impacto socioambiental que atuam nos distritos do Jardim Ângela (M’Boi Mirim), Capela do Socorro e Campo Limpo (Capão Redondo), região Sul da cidade de São Paulo (SP). As inscrições estarão abertas até 20 de Junho de 2018 e deverão ser feitas exclusivamente pela internet. Para preencher o formulário, acesse https://www.aceleradoranip.com/inscricao.

A ANIP (https://www.aceleradoranip.com/ ) é uma iniciativa da produtora social e cultural A Banca, com sede no Distrito do Jardim Ângela, em parceria com Artemisia e FGV EAESP (Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios), com o objetivo de potencializar uma nova geração de negócios de impacto social, no segundo semestre de 2018. O processo vai selecionar cinco negócios e os empreendedores selecionados receberão até R$ 20 mil de capital-semente para investir na empresa.

Na primeira edição do programa, foram aceleradas as empresas da periferia da zona sul de São Paulo: Boutique de Krioula, Empreende Aí, Ecoativa, Jovens Hackers e Editora Selo Povo. “Essas organizações foram criadas a partir do sonho de desenvolver soluções voltadas para os desafios sociais e ambientais da periferia. Os empreendedores contaram com o suporte adequado para poder escalar e impactar positivamente milhares de pessoas”, explica Marcelo Rocha, o DJ Bola, presidente-fundador da A Banca e um dos idealizadores da ANIP.

Negócios da 1ª edição
A Banca lançou a Aceleradora de Negócios de Impacto Social da Periferia em 2017 e, na primeira edição, 51 negócios participaram da seleção. Os cinco negócios selecionados para a aceleração estão concluindo, até o final do mês de junho, o processo de imersão para serem potencializados.

  • Boutique de Krioula (Capão Redondo) – marca focada em resgatar a identidade e autoestima da população negra. Produz bijuterias de inspiração étnica e turbantes. www.boutiquedekrioula.com/
  • Empreende Aí (Jardim São Luis) – negócio que dissemina a educação empreendedora na quebrada e busca apoio financeiro para que jovens impactados possam desenvolver seus projetos e assim criar suas próprias fontes de renda. http://www.empreendeai.com.br/
  • Ecoativa (Grajau) – programa de gestão ambiental que desenvolve intercâmbios e vivências. Mantém um centro eco cultural situado na Ilha do Bororé, às margens da Represa Billings (no Extremo-Sul), que promove o acesso à cultura e a práticas sustentáveis.
  • Jovens Hackers (Campo Limpo) – escola com aulas de programação e cultura maker robótica para crianças e adolescentes em condição de vulnerabilidade social, que representa a oportunidade de expandir conhecimentos e habilidades. Os cursos representam o pontapé inicial para uma possível carreira na área. https://www.jovenshackers.com.br/
  • Editora Selo Povo (Capão Redondo) – projeto editorial criado em 2008, pelo escritor Ferréz, com o objetivo de distribuir livros baratos, bem realizados, de autores da periferia. A missão da editora é fazer a chamada Literatura Marginal, apresentar autores que falem da “realidade das margens” e passar uma mensagem que conduza para uma melhoria na vida de quem lê. http://selopovo.wixsite.com/selopovo

Critérios de seleção
Estão aptos a participar negócios de impacto social com produtos e serviços já desenvolvidos e com potencial de ganhar escala; empreendedores em estágio inicial de vendas; negócios com modelo consolidado e com ganhos na estrutura operacional e desafios de impacto social: empreendedores que desenvolvam produtos e serviços de real impacto social e ambiental positivo, com sustentabilidade financeira e que atuem em M´Boi Mirim, Capela do Socorro, Capão Redondo e Campo Limpo. Ao final do ciclo de aceleração, os empreendedores que tiverem participado ativamente e desenvolvido um bom plano de negócio receberão até R$ 20 mil de capital-semente para investir no negócio.

Os empreendedores e empreendedoras selecionados terão acesso a encontros presenciais mensais, com duração de até quatro horas no espaço da A Banca (ou de algum parceiro no Jardim Ângela) sobre temas relacionados ao negócio; acompanhamento quinzenal; workshops em conjunto com empreendedores acelerados pela Artemisia em outros programas para promover a interação entre realidades distintas e aprendizado mútuo, acesso a conhecimento e rede de mentores das três organizações realizadoras.

Entre os temas a serem abordados durante o processo de aceleração: mitos sobre a divisão entre impacto social e negócios; impacto social, indicadores e avaliação; gestão financeira; marketing digital; questões jurídicas; inovação; estruturação e refinamento do negócio; e conteúdos adaptativos de acordo com a demanda de cada negócio selecionado.

O processo prevê ainda mentorias durante seis meses, com possibilidade de cada empreendedor possuir um mentor de acolhimento, e encontros entre os empreendedores de negócios de impacto social com os empreendedores da Rede Artemisia e alunos/professores da FGVCenn.