SITAWI abre quarta rodada de financiamento em sua Plataforma de Empréstimo Coletivo, com retorno de 376% do CDI

  • Recursos serão destinados a quatro negócios de impacto: Caroá, YouGreen, Maranha e Sintecsys, que vão captar entre R$ 200 mil e R$ 700 mil
  • Live de pré-lançamento da rodada, hoje às 19 horas, explicará ao público detalhes dos negócios e condições do empréstimo. Inscreva-se agora no link do início desde parágrafo
  • Investidores receberão empréstimo de volta em parcelas mensais por 30 meses e acréscimo de juros de 7,15% ao ano

A SITAWI Finanças do Bem realizará ainda em novembro a quarta rodada de captação de recursos em sua Plataforma de Empréstimo Coletivo, desenvolvida em parceria com o Instituto Sabin. Como aconteceu nas rodadas anteriores, o objetivo é apoiar negócios de impacto que contribuem para mitigar problemas sociais e ambientais, com planos de negócios robustos para a rentabilização dos investimentos. Os interessados em investir na quarta rodada podem se cadastrar na plataforma para serem notificados quando a captação for aberta. 

A meta da nova rodada é captar R$ 1,6 milhão, com retorno previsto de 7,15% ao ano, que serão destinados às seguintes organizações: Caroá (cooperativa de jovens agricultores do semiárido cearense que cultiva e comercializa verduras, frutas e legumes orgânicos), YouGreen (cooperativa paulistana que se dedica à gestão integrada de resíduos sólidos), Maranha (produtora de audiovisuais de impacto) e Sintecsys (que oferece soluções tecnológicas para a prevenção de queimadas).

Negócios selecionados

Saiba mais sobre os negócios de impacto que vão captar investimentos na 4ª rodada da Plataforma de Empréstimo Coletivo SITAWI:

Caroá

Cooperados da Caroá vendem produção de verduras, frutas e legumes orgânicos na Feira Caroá, em Fortaleza e Caucaia (CE)

Fundada em 2018 no Ceará, a Caroá é uma cooperativa formada e gerida por jovens agricultores do semiárido cearense que lutam para permanecer no campo por meio da agricultura sustentável e do comércio justo. A cooperativa comercializa 34 variedades de verduras, frutas e legumes orgânicos, além de geleias, bolos, patês e pães. A venda é feita diretamente para o consumidor final nas cidades de Fortaleza e Caucaia, pela Feira Caroá, e para clientes corporativos. Atualmente a Caroá é formada por 28 cooperados que moram no interior do estado e trabalham em propriedade individual ou familiar. Além de combater a evasão rural de jovens, fenômeno que tem causado o envelhecimento mais acelerado da população do campo, a Caroá implementa um sistema agroecológico com cultivo 100% orgânico.

Sede: São Gonçalo do Amarante, Ceará

Ano de fundação: 2018

Fundador-diretor: Victor Esteves

Quanto vai captar: R$ 300 mil

Como pretende utilizar o investimento: Compra de caminhão próprio para o transporte dos alimentos, além de investimento na produção dos cooperados, garantindo o atendimento da demanda reprimida na região e expandindo a operação da cooperativa.

ODS: 2, 12, 13

YouGreen

Em São Paulo, YouGreen faz gestão integrada de resíduos sólidos e tem egressos do sistema prisional, imigrantes, refugiados, moradores de abrigos e transsexuais entre os cooperados

A YouGreen é uma cooperativa localizada em São Paulo, que promove a gestão integrada de resíduos sólidos. A organização garante uma remuneração justa para quase 50 cooperados, entre egressos do sistema prisional, imigrantes e refugiados, moradores de abrigos e transsexuais, além de soluções ambientais e econômicas viáveis e de maior impacto para seus clientes. A YouGreen oferece uma gestão completa do lixo e todos os serviços necessários para o enquadramento legal e operacional de grandes geradoras de resíduos. Os serviços vão desde a separação, triagem e coleta dos resíduos até a destinação final, incluindo consultoria para adequação às normas legais e sanitárias, treinamento de equipes de limpeza e relatórios de rastreabilidade e análise sobre o material reciclado e os impactos do trabalho no meio ambiente e na vida dos cooperados. A gestão integrada proporciona aumento de 50% na taxa de reciclagem e pode custar 20% abaixo do setor, gerando renda e trabalho digno aos cooperados.

Sede: São Paulo (SP)

Ano de fundação: 2011

Fundador: Roger Koeppl

Quanto vai captar: R$ 400 mil

Como pretende utilizar o investimento: Compra de caminhão compactador para se tornar autossuficiente na operação de coleta e destinação de aterro sanitário. Com a absorção dessa operação, a YouGreen tem o potencial de dobrar a receita, melhorando também sua margem.

ODS: 1, 8, 10, 11, 12, 13

Maranha

Produtora audiovisual de impacto, Maranha realiza projetos autorais e em parceria com marcas e o terceiro setor, sempre valorizando a diversidade de identidades brasileiras

A Maranha é uma produtora de audiovisual de impacto. Conhecida pelos filmes “Imagina na Copa” (2014) e “Criola Reinado” (2018), seus projetos valorizam as diversas identidades brasileiras com olhar plural, compromisso estético e narrativo. A organização entende que a comunicação é uma ferramenta capaz de gerar mudança, engajar e mobilizar pessoas para a construção de uma sociedade mais justa. Os projetos buscam envolver as comunidades retratadas e as múltiplas identidades no processo de produção audiovisual, desde a pesquisa até a finalização. Com 8 anos de existência, a Maranha já produziu mais de 200 filmes e rodou quase todos os estados brasileiros atrás de histórias inspiradoras. Além dos projetos autorais, também realiza parcerias com organizações do terceiro setor e com marcas que têm compromisso com a divulgação de narrativas de transformação social no Brasil.

Sede: Jundiaí, São Paulo

Ano de fundação: 2012

Fundadores: Tiago Pereira e Victor Dias

Quanto vai captar: R$ 200 mil

Como pretende utilizar o investimento: Investimento em novos projetos, incluindo o uso de novas tecnologias, como realidade virtual, linguagens imersivas e interativas.
ODS: 1, 5, 10

Sintecsys

Câmaras instaladas no alto de torres e conectadas a software de inteligência artificial integram sistema de detecção precoce de focos de incêndio da Sintecsys

 

A Sintecsys é uma empresa de soluções tecnológicas para prevenção de queimadas. Com câmeras instaladas em torres e conectadas a software proprietário, a solução possibilita a detecção precoce e comunicação automática de focos iniciais de incêndio, minimizando as emissões de CO2 e reduzindo as perdas na fauna e na flora. A empresa oferece aos seus clientes a locação desta solução por meio de contratos com duração média de 36 meses. Em 4 anos de operação, a Sintecsys implementou 54 torres de monitoramento e 11 salas de controle em 7 estados do Brasil. No total, somam  2,5 milhões de hectares de áreas monitoradas, sendo que 33% são áreas nativas com reservas ambientais e florestas naturais. Do restante, 29% são áreas de cultivo agrícola, 24% são áreas de pastagem, 12% de florestas plantadas, entre outros. Estão presentes em todos os quatro biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.

Sede: Jundiaí, São Paulo

Ano de fundação: 2016

CEO e fundador: Rogerio Cavalcante

Quanto vai captar: R$ 700 mil

Como pretende utilizar o investimento: Investimento no financiamento de parte do alto custo inicial, de instalação e equipamentos, que é cobrado integralmente do contratante. Isso permitirá o aumento da carteira de clientes e consequentemente a expansão da sua operação.
ODS: 3, 8, 13, 15

As rodadas anteriores

Nas três rodadas de investimento anteriores, a Plataforma de Empréstimo Coletivo SITAWI já captou R$ 5,6 milhões, que foram aplicados em 12 negócios de impacto socioambiental positivo, com a participação de 274 investidores.

Graças a esse desempenho, a Plataforma de Empréstimo Coletivo SITAWI foi eleita a “Iniciativa de Impacto do Ano para América Latina e Caribe” pelo Environmental Finance IMPACT Awards 2020, prêmio que reconhece e recompensa o trabalho de investidores de impacto de todo o mundo, destacando as melhores práticas em todas as classes de ativos. Os vencedores foram escolhidos por um júri composto por 12 investidores de diversas nacionalidades.

Fundada em 2008, com a missão de mobilizar capital para impacto socioambiental positivo, a SITAWI já mobilizou mais de R$ 110 milhões, com mais de 50 transações.

A terceira rodada

Concluída em setembro em menos de duas horas, a terceira rodada de investimentos em negócios de impacto socioambiental positivo da SITAWI atraiu 98 investidores que fizeram 136 reservas de investimento, aportando um total de R$ 800 mil nas duas organizações selecionadas: Manaós Tech, de Manaus, e Movimento Eu Visto o Bem, de São Paulo.

Os valores investidos partiram de R$ 1 mil (valor mínimo permitido), sendo que 77% dos investimentos foram de até R$ 5 mil, demonstrando grande interesse de pequenos investidores em negócios de impacto. O capital investido será devolvido em parcelas mensais durante 30 meses, com acréscimo de juros equivalentes a 7,15% ao ano, 376% do CDI, considerando a taxa de novembro.

A Plataforma de Empréstimo Coletivo, lançada em junho de 2019, foi criada para investidores, principalmente pessoas físicas, e permite que eles emprestem dinheiro de forma direta e digital para o sucesso e crescimento de organizações com missão de gerar impacto socioambiental positivo. De um lado, os investidores obtêm rentabilidade competitiva. De outro, os negócios têm acesso a linha de crédito com juros mais baixos que os praticados no mercado. O modelo é conhecido como Peer-to-Peer lending.

“Em 15 meses de plataforma temos visto uma demanda crescente do pequeno investidor para esse tipo de investimento. Nossa expectativa é fazer mais rodadas e alavancar o número de instituições de impacto atendidas e o volume de captações. Para o próximo ano, prevemos um crescimento de até três vezes no volume mobilizado de 2020”, diz Andrea Resende, gerente de Investimentos de Impacto da SITAWI.

Os negócios que captaram pela Plataforma pretendem usar os recursos para alavancar suas operações. A Manaós Tech, escola de educação tecnológica para crianças e adolescentes, por exemplo, captou R$ 317 mil e pretende expandir para regiões periféricas de Manaus. O Movimento Eu Visto o Bem, que gera emprego e renda para mulheres em situação de vulnerabilidade social de São Paulo, levantou R$ 484 mil, que vão garantir capital de giro para contratos com grandes varejistas, entre outros objetivos (veja abaixo mais informações sobre esses negócios de impacto).

Capital mobilizado para desenvolvimento sustentável

A parceria estratégica da SITAWI com o Instituto Sabin possibilita as operações da Plataforma de Empréstimo Coletivo dentro do modelo de blended finance, ou financiamento misto, em que o capital filantrópico ou de desenvolvimento é usado para alavancar capital privado, com o objetivo de contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Além desta parceria estratégica, a Plataforma de Empréstimo Coletivo estabeleceu parcerias de desenvolvimento com a CapRate, intermediada pelo Banco Topázio, a consultoria da agência de comunicação para negócios de impacto social Oficina de Impacto, e apoio jurídico dos escritórios TozziniFreire Advogados e Wongtschowski & Zanotta Advogados.

Apoio e aconselhamento da SITAWI

Os investidores que aportam pela Plataforma de Empréstimo Coletivo recebem trimestralmente informações atualizadas sobre o negócio, os impactos sociais e ambientais do período, os resultados financeiros, o fluxo de pagamento do empréstimo e os próximos passos da organização.

Apoiados pela SITAWI e pelas pessoas físicas por meio do empréstimo coletivo, as organizações têm acesso a mentores voluntários e workshops temáticos. Além disso, durante todo o período de repagamento do empréstimo, recebem apoio técnico e aconselhamento dos especialistas em finanças da SITAWI e organizações parceiras.

Conheça os dois negócios de impacto que receberam investimento pela 3ª Rodada de Empréstimo Coletivo SITAWI:

Manaós Tech

Jovens alunos da Manaós Tech, em Manaus (AM), são incentivados a criar projetos de soluções tecnológicas com protagonismo e liberdade de desenvolvimento, e aprendem a dominar uma linguagem tecnológica que os qualifica para profissões do futuro.

A Manaós Tech é uma escola de educação tecnológica para crianças e adolescentes localizada em Manaus (AM), com metodologia que valoriza o protagonismo do aluno e desenvolve habilidades como criatividade, pensamento crítico e colaboração durante a resolução de problemas. Em cursos de programação, robótica, criação de aplicativos e de games, os alunos também aprendem sobre empreendedorismo de impacto, como usar a tecnologia para promover mudanças positivas na sociedade e contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Mais de três mil alunos já passaram pelos cursos da Manaós Tech, seja em sua unidade própria em que recebe crianças e adolescentes de todas as realidades sociais, com bolsas de estudos integrais a 25% dos alunos, nos quatro laboratórios que opera em escolas particulares ou em oficinas organizadas em parcerias com outras organizações. São jovens que têm a oportunidade de dominar uma linguagem tecnológica que os prepara e qualifica para as profissões do futuro. Os alunos recebem conteúdos e atividades práticas nos temas de inovação, lógica, cooperação, criatividade, internet das coisas, cidadania, entre outros, o que possibilita ampliação da capacidade de aprendizado e produção destas crianças e adolescentes num contexto de liberdade de desenvolvimento dos próprios projetos. Os professores contratados são todos formados na universidade do estado, como forma de valorizar a mão de obra local.

Sede: Manaus, AM

Ano de fundação: 2014

Fundadores: Glauco Aguiar e Luiz Garcia

Quanto captou: R$ 317 mil

Como pretende utilizar o investimento: A Manaós Tech vai expandir para cinco novas escolas de regiões periféricas de Manaus, que não têm condições de ter laboratório e ensino de robótica, para atender alunos sem condição de se deslocar até o centro da cidade, além de desenvolver uma plataforma de ensino online com videoaulas gamificadas, em que o aluno estuda como se estivesse em um jogo e pode personalizar o rumo do aprendizado.

Movimento Eu Visto o Bem

Mulheres em situação de vulnerabilidade social contratadas pelo Movimento Eu Visto o Bem produzem máscaras de proteção contra a Covid-19, entre outros itens, com tecidos sustentáveis e sem produção de lixo no presídio feminino do Butantã e em galpão na Vila Madalena, em São Paulo (SP)

Com a missão de oferecer soluções ambientais e sociais para o mercado corporativo, com foco na profissionalização e geração de emprego e renda para mulheres vulneráveis, o Movimento Eu Visto o Bem emprega detentas, ex-detentas, refugiadas e imigrantes para a confecção de roupas e acessórios.

O Movimento nasceu da marca de roupas de tecidos sustentáveis Joaquina Brasil e hoje engloba também vertentes de produção de uniformes, brindes e embalagens para empresas e, em uma iniciativa sem fins lucrativos com outras organizações, confecção de máscaras para a prevenção contra a Covid-19. Entre os seus clientes, estão grandes empresas como Natura e Renner.

O Movimento Eu Visto o Bem emprega 20 detentas do presídio feminino do Butantã, em São Paulo (SP), que também participam de workshops profissionalizantes e palestras sobre educação financeira, autoestima, entre outros temas. Além disso, mantém um galpão de produção em que trabalham 25 mulheres, entre ex-detentas, refugiadas e imigrantes. Historicamente, o movimento já empregou 200 mulheres em situação de vulnerabilidade, sendo o primeiro trabalho formal de muitas delas. Em depoimentos fornecidos a SITAWI, foi visto que a carteira assinada foi fator transformador na vida dessas mulheres. Com essa oportunidade de emprego, puderam manter a guarda dos filhos, participar da criação deles, voltar ao seu país de origem ou enviar recursos para sustentar a família. Todos os tecidos usados na produção do Movimento Eu Visto o Bem são sustentáveis: sobras da indústria, reciclados a partir de garrafa PET ou antiviral e antibactericida. O material que sobra e não pode ser reutilizado é passa por desfibração para virar enchimento de almofadas.

Sede: São Paulo, SP

Ano de fundação: 2018

Fundadora: Roberta Negrini

Quanto captou: R$ 484 mil

Como pretende utilizar o investimento: O investimento no Movimento Eu Visto O Bem vai garantir um capital de giro para contratos com grandes varejistas, além de ajudar a estruturar um curso de empreendedorismo para capacitar mulheres presidiárias a montar o seu próprio negócio após a liberdade, digitalizar processos e atualizar maquinário de produção e investir em melhorias em seus canais de comunicação.

Este post foi publicado em 20/11/2020 e atualizado em 23/11/2020.