Din4mo e Grupo Gaia lançam primeira debênture de impacto social no Brasil

Captação foi realizada para financiar famílias clientes do Vivenda. São R$ 5 milhões que devem impactar cerca de 32 mil pessoas em 5 anos.

A Din4Mo e o Grupo Gaia uniram-se para desenvolver a primeira debênture de impacto social do país. O título foi pensado a partir do conceito de blended finance como solução para dois grandes gargalos do Programa Vivenda, especializado em reformas de moradias populares: capital de giro e crédito para o cliente de baixa renda. A operação permitiu a captação de R$ 5 milhões e deve impactar cerca de 32 mil pessoas em cinco anos.

O papel pioneiro foi emitido pela Gaia Cred II e distribuído pelo Itaú Private Bank para dar ao Vivenda a possibilidade de oferecer créditos ao clientes que desejam fazer reformas em moradias localizadas em regiões de baixa renda.

Segundo a Din4mo, entre os principais apoiadores dessa solução estão o Fundo Zona Leste Sustentável, EP8 Participações e Maraé Investimentos.

Por acreditarem no potencial dessa solução, a Din4mo e o Grupo Gaia já pensam em uma nova operação. “Inovamos ao criar um primeiro modelo de blended finance para alavancar um negócio de elevado impacto. Além disso,conseguimos que esta primeira operação fosse distribuída por completo por um banco de primeira linha, o que reforça que há um grande potencial para esta modalidade de investimento no mercado”, diz Marco Gorini, um dos fundadores da Din4mo.

O empresário João Pacífico, fundador do Grupo Gaia, revela que havia dois grandes desafios nesse tipo de solução. “O primeiro era a estruturação financeira de créditos que ainda não existiam. Por isso não poderia ser um instrumento tradicional como o CRI. Então, optamos pela debênture.  O segundo era a equação financeira. Queríamos que as famílias pagassem juros mais dignos e viáveis, mas que ao mesmo tempo deveriam ser atraentes para os investidores”.

A estruturação desse novo modelo de financiamento do Vivenda contou com a assessoria do advogado Alexei Bonamin, sócio da Tozzini Freire Advogados. “Tivemos o cuidado para desenvolver uma estrutura jurídica que viabilizasse as necessidades sociais da operação. Permitir o acesso ao mercado de capitais a empresas de impacto social é, sem dúvida, uma grande inovação. A solução gera retorno aos investidores e, ao mesmo tempo, permite à startup e às famílias o acesso ao capital com taxas significativamente menores que as praticadas no mercado”, afirma Bonamin.

Acesso ao capital aumenta impacto

Fernando Assad, cofundador do Vivenda, lembra que “reformar uma casa numa comunidade é muito mais que deixá-la mais bonita ou agradável. É restaurar a dignidade de uma família. Essa operação tem o potencial de resolver um problema gigante de todo o campo de negócios de impacto, pois viabiliza o acesso ao capital de giro necessário para escalarmos o impacto que desejamos promover”

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