Conheça os negócios selecionados pelo Portas Abertas

Marcello Nucci, da Carenet; Marco Scabia, da Dr. Sintomas; Anselmo Antunes de Carvalho, da TNH Health; e Gilberto Takata, da Predict Vision (sentido horário): empreendedores selecionados pelo Portas Abertas.

Mais de 50 startups da área de saúde se inscreveram para o encontro “Portas Abertas – Conexões que fazem a diferença”, organizado pela Vox Capital, gestora de investimentos de impacto, e Quintessa, aceleradora de negócios de impacto, realizado no dia 20 de junho, em São Paulo, com o objetivo de impulsionar negócios na área. Entre as inscritas, as startups selecionadas foram:  Carenet, Dr. Sintomas, Predict Vision e TNH Health.

A programação começou à tarde, quando os empreendedores se reuniram com as lideranças dos parceiros do evento: Eurofarma, Instituto Sabin, Bionexo, SulAmérica, Roberto Schahin, sócio da MTS, além de Vox e Quintessa. Na sequência, apresentaram os seus negócios para especialistas e potenciais clientes, no auditório do inovaBra Habitat.

“O Portas Abertas oferece aos empreendedores a oportunidade de discutir seus modelos de negócio com representantes de empresas do setor e investidores convidados. Podem assim receber feedbacks qualificados que os auxiliarão a superar seus desafios e a desenvolver potenciais relações comerciais”, explica Anna de Souza Aranha, diretora do Quintessa.

A primeira edição do Portas Abertas, realizada em junho de 2017, foi direcionada para empreendedores do setor de educação. Foram mais de 80 inscritos e 6 startups selecionadas. “Depois do sucesso da edição Educação, resolvemos trazer a mesma experiência para o setor de saúde. Reunimos grandes lideranças e players que representam diferentes pontos de vista e diversidade de opinião”, completou Brunna Zogbi, da Vox Capital.

Pitchs

Depois da tarde de mentoria, os empreendedores escolhidos realizaram um pitch do seu negócio para uma plateia de mais de 100 convidados, maximizando sua exposição.

 Marcello Nucci apresentou a proposta da Carenet, empresa criada em 2015. Faz monitoramento remoto de pacientes, com foco em hospitais, operadoras de saúde e laboratórios. Processa e integra dados dos pacientes.

A Dr. Sintomas é uma plataforma de inteligência artificial que analisa sintomas. O seu criador, Marco Scabia, explicou que é uma ferramenta de triagem, com o objetivo de dar ao usuário um primeiro direcionamento sobre dúvidas relacionadas à saúde.

Também com base de inteligência artificial, a Predict Vision é uma plataforma de suporte para exames de imagens. Auditoria, triagem e segunda opinião são os pilares da ferramenta desenvolvida pelo empreendedor Gilberto Takata.

A TNH Health, antiga Tá Na Hora, foi apresentada por Anselmo Antunes de Carvalho e tem foco na medicina preventiva. Funciona como assistente virtual de saúde e é capaz de identificar situações de risco.

 Painel

Após a apresentação das startups foi realizado o painel com o tema “Como grandes empresas se relacionam com startups”, com mediação de Rafael Barbosa, diretor de Produtos e Marketing da Bionexo, e participação de Paulo Braga, responsável pela área de Corporate Ventures da Eurofarma, Fábio Deboni, gerente executivo do Instituto Sabin e membro do Conselho do GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas) e Daniel Simões de Carvalho Costa, secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. O debate abordou engajamento, burocracia, lei das licitações, tecnologia e integração de bancos de dados, e ecossistema de empreendedorismo em saúde, entre outros temas.

Paulo Braga destacou que o setor de saúde foi o último a se engajar no empreendedorismo e ainda está muito blindado. “As empresas tendem a apoiar startups mais consolidadas e maduras. Primeiro tem que engajar a diretoria”, apontou.

“Em relação ao poder público, há um abismo enorme entre o que eu ouvi nas apresentações e o que existe de tecnologia no SUS. O que está disponível e o que é, de fato, utilizado”, lamentou Daniel Costa. As dificuldades são inúmeras, a começar pela lei das licitações que impede a contratação de tecnologia. “O SUS tem 600 bancos de dados que não estão integrados. Só com tecnologia é possível processar esse volume de informações. Como tomar decisões de políticas públicas?”, afirmou o secretário.

Para Fábio Deboni, do Grupo Sabin, é preciso muita articulação, dentro das empresas e na sociedade. “As startups têm muita dificuldade de chegar nas empresas porque inovação não é um tema familiar a todas as áreas. Introduzir a inovação no core da empresa é o primeiro passo”, ponderou Fábio.

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