TNH Health se prepara para monitorar mais de um milhão de vidas

A TNH Health enxergou a oportunidade de usar canais simples que já estão inseridos no dia a dia das pessoas, como SMS e Facebook Messenger, para levar conteúdos importantes de saúde (Foto TNH Health)

A TNH Health já monitora mais de 100 mil vidas ativamente. Fundada pelo economista canadense Michael Kapps e pelo advogado brasileiro Juliano Froehner, ambos ex-alunos da Universidade de Harvard, a empresa nasceu há cinco anos como Tá.Na.Hora e se tornou a primeira healthtech a desenvolver chatbots para a saúde no Brasil, que utilizam inteligência artificial, aprendizagem de máquina e processamento de linguagem natural.

Em 2017, quando chuvas fortes provocaram uma situação de emergência no município de Marechal Deodoro (AL), os casos de dengue, leptospirose, cólera e outras doenças pareciam inevitáveis. Isso até que a TNH Health, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, criasse um “robô” (chatbot) que conversava gratuitamente com a população e enviava orientações via SMS (torpedos). O projeto foi tão bem-sucedido que, graças a outras ações da Secretaria, a cidade foi a única da região a não registrar óbito em decorrência de doenças de veiculação hídrica. Essa foi apenas uma entre outras histórias de sucesso da TNH Health. Para a empresa, conversas são a base dos relacionamentos e, mais que isso, conversas podem salvar vidas.

Fundada pelo economista canadense Michael Kapps e pelo advogado Juliano Froehner, brasileiro natural de Rio Negrinho (SC), ex-alunos da Universidade de Harvard, a TNH Health nasceu há cinco anos, como Tá.Na.Hora e se tornou a primeira healthtech a desenvolver chatbots para saúde no Brasil, utilizando inteligência artificial, aprendizagem de máquina e processamento de linguagem natural (AI, Machine Learning e Natural Language Processing).

A meta da empresa é monitorar mais um milhão de vidas nos próximos dezoito meses, oferecer serviços e democratizar o acesso a informações sobre saúde. “Somos uma empresa de impacto social e isso pode ser mensurado tanto pelos feedbacks positivos, quanto pelas mudanças de comportamento dos participantes após as conversas com os chatbots. Queremos que todos os brasileiros ligados a uma organização de saúde (plano, seguro, empresa ou SUS) tenham acesso a informações sobre saúde”, explica Anselmo Antunes de Carvalho, responsável pelo Marketing da TNH Health.

“A população brasileira é a primeira no mundo no consumo de internet móvel, superando países desenvolvidos como EUA e China. De cada 10 aplicativos nos smartphones dos brasileiros, seis são de redes sociais ou de Mensagens. A TNH Health enxergou a oportunidade de usar esses canais “simples” que já estão inseridos no dia a dia das pessoas para levar conteúdos importantes de saúde. Assim surgiram os primeiros programas de mensagens da empresa. Tempos depois soubemos que havia sido criado o termo chatbot para definir esses programas que, na verdade, são robôs (algoritmos automatizados) que conversam via chats com as pessoas”, conta Anselmo.

A princípio, os chatbots eram ligados a programas de benefícios da indústria farmacêutica, realizando coisas bem simples como lembretes de horários de administração de medicamentos, avisos de recompras, entrega de vouchers de desconto, etc. Com o movimento focado em medicina preventiva (Promoção e Prevenção), a TNH Health impulsionou seu time multidisciplinar de conteúdos para desenhar chatbots que fizessem acompanhamento de pacientes crônicos (hipertensos, diabéticos, oncológicos, obesos, entre outros grupos), gestantes (desde a descoberta da gravidez até a primeiríssima infância, passando pela puericultura) outros programas ligados à alimentação saudável.

“Os objetivos sempre foram engajar pacientes em saúde e monitorá-los por meios digitais, mas hoje observamos que isso vai além! Conseguimos aumentar o feedback positivo dos participantes para os serviços de saúde prestados pelas organizações contratantes, estabelecer uma nova forma de comunicação efetiva, identificar situações de risco duas vezes antes que um time humano identificaria e, com isso, até evitar situações que envolveriam grandes custos e poderiam ser fatores determinantes entre a vida saudável e evoluções negativas de várias complicações. O nosso programa de gestantes para o setor público foi premiado pela Bill & Melinda Gates Foundation”, afirma Anselmo.

Desenvolvida pelo time técnico da empresa, a tecnologia se diferencia de outras plataformas de mercado porque, desde o início, foi voltada para a saúde. Evoluiu de uma plataforma de disparos de mensagens para se transformar em um sistema que atua com conceitos de inteligência artificial, aprendizagem de máquina e processamento de linguagem natural, compiladas a uma plataforma poderosa de B.I., integrada com inúmeros sistemas de mercado (público e privado) e preparada para entregar valor para tomadas de decisões e ações. “Semanalmente temos sprints (lançamentos/atualizações sistêmicas) que tornam nossa plataforma mais robusta e aderente às inúmeras requisições que um mercado tão conservador quanto o da saúde exige”, complementa.

Os clientes da TNH Health são operadoras e seguradoras, prefeituras em várias regiões do Brasil, grandes empresas e alguns hospitais. “Um profissional que acompanha os participantes dos nossos chatbots consegue monitorar ativamente mais de mil vidas em tempo real, enquanto um operador multidisciplinar em um contact center conseguiria falar com, no máximo, 264 pacientes por mês. O sentimento dos participantes é como se o fornecedor (operadoras de saúde, seguradoras, hospitais, corretoras, etc.) estivesse cuidando de sua saúde a todo momento. Atuamos em um modelo white label (no qual é a marca dos nossos clientes que aparece), por isso os nossos chatbots já se tornaram parte integrante fundamental das estratégias de inovação dos fornecedores”, diz Anselmo.