Finalistas do Prêmio Empreendedor Social 2018 têm como foco a política, cultura de doação, violência e sustentabilidade

Finalistas dos prêmios Empreendedor Social e Empreendedor Social de Futuro 2018: (da esq. para a dir. sentido horário): Victor Castello Branco e André Biselli (Courrieros); Roberta Faria e Rodrigo Pipponzi (Editora Mol); Júlia Carvalho (Fast Food da Política); Pedro Paulo Diniz (Fazenda da Toca); Luke Dowdney (Luta pela Paz); e Mathieu Anduze e Raphael Mayer (Simbiose Social). Fotomontagem / Divulgação

Política, cultura de doação, violência e sustentabilidade no campo e na cidade são foco dos finalistas do Prêmio Empreendedor Social 2018: Roberta Faria e Rodrigo Pipponzi, da Editora Mol; Pedro Paulo Diniz, da Fazenda da Toca; e Luke Dowdney, da Luta pela Paz. Na categoria Empreendedor Social de Futuro concorrem André Biselli e Victor Castello Branco, do Ecolivery Courrieros; Júlia de Carvalho, do Fast Food da Política; e Mathieu Anduze e Raphael Mayer, da Simbiose Social.

Em sua 14a edição, a premiação é realizada pela Folha desde 2005 em parceria com a Fundação Schwab, uma das comunidades do Fórum Econômico Mundial. Inovadores, os seis empreendedores, selecionados entre 160 inscritos, têm em comum a atuação no ecossistema de impacto social e o genuíno interesse em desenvolver soluções e projetos para a melhoria do Brasil.

“Em sua diversidade, os finalistas de 2018 propõem soluções para um Brasil que precisa ser mais sustentável no campo e na cidade, combater a violência contra jovens, reforçar a cultura de doação, ser mais eficiente no direcionamento de recursos públicos e entender melhor a política e exercitar a cidadania”, afirma Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha, ao sintetizar o foco de atuação das seis iniciativas que concorrem nesta edição.

Além das categorias Prêmio Empreendedor Social e Prêmio Empreendedor Social de Futuro, os seis finalistas disputam entre si o troféu Escolha do Leitor, conduzido com base em processo de votação aberto aos leitores do jornal. A votação da categoria Escolha do Leitor vai até 8 de novembro (para votar, acesse aqui).

“Há 14 anos a Folha faz parte desta história, como parceira que seleciona os brasileiros que vão fazer parte de uma rede internacional que promove o empreendedorismo social em todo o mundo”, afirma Maria Cristina Frias, diretora de Redação do jornal. “Brasileiros que criaram soluções inovadoras em educação, saúde, ambiente, inclusão e desenvolvimento humano.”

O mais novo integrante dessa rede internacional, a Rede Schwab, é Valdeci Ferreira, vencedor do Empreendedor Social 2017 pelo seu trabalho à frente da Fbac (Fraternidade Brasileira de Apoio aos Condenados), que se uniu a outros 18 brasileiros em uma comunidade de mais de 300 líderes de projetos sociais e negócios de impacto ao redor do mundo.

Sobre os finalistas

Roberta Faria e Rodrigo Pipponzi criaram a Editora Mol há dez anos para publicar produtos socioeditoriais como revistas, livros e calendários, com venda revertida para causas, usando redes de varejo para estimular a cultura de doação no país. O trabalho já destinou mais de R$ 25 milhões a 39 ONGs, entre elas o Graacc e o Instituto Ayrton Senna.

Pedro Paulo Diniz, da Fazenda da Toca, fez de 2.300 hectares uma incubadora de sistemas que imitam a natureza, regeneram o solo e eliminam agrotóxicos, com a meta de escalar o modelo que integra lavoura, pecuária e floresta para 1 milhão de hectares.

Já o boxeador e antropólogo britânico Luke Dowdney usa artes marciais para desenvolver o potencial de jovens em favelas e comunidades violentas na Luta pela Paz. Criou a primeira academia no Complexo da Maré, onde testou a metodologia que exportou para 26 países e envolveu 250 mil crianças e jovens vulneráveis.

Os amigos André Biselli e Victor Castello Branco criaram a Ecolivery Courrieros para realizar entregas ecológicas em São Paulo com bikes e triciclos que são também veículos de inclusão, empregando ex-presidiários, refugiados e portadores de deficiência.

A designer Júlia de Carvalho decidiu explicar o jogo político brasileiro na ONG Fast Food da Política, que usa gameficação para promover a formação cidadã por meio de plataforma online e jogos de tabuleiros. Inova na linguagem e na forma lúdica de atingir públicos variados.

Os jovens Mathieu Anduze e Raphael Mayer recorreram aos dados das leis de incentivo para democratizar o acesso de projetos aos recursos por meio de uma plataforma que faz o “match” entre empresas e organizações sociais para o uso dos recursos em projetos culturais, sociais e de sustentabilidade, levando transparência à aplicação dessa verba.

Um júri de especialistas escolherá os vencedores, que serão anunciados em cerimônia para convidados no Teatro Porto Seguro, em 12 de novembro, em São Paulo. Os prêmios incluem bolsas de estudo, cursos de gestão, assessoria jurídica e mentorias.

Prêmio a iniciativas inovadoras, sustentáveis e com impacto socioambiental

Criada pela Folha de S. Paulo e pela Fundação Schwab, a premiação reconhece iniciativas em áreas como educação, saúde, tecnologia assistiva, e meio ambiente. Vencedores e finalistas dos concursos terão acesso a benefícios que totalizam R$ 350 mil. O Prêmio Empreendedor Social tem o objetivo de selecionar, premiar e fomentar os líderes socioambientais mais empreendedores do Brasil, que desenvolvam há mais de três anos iniciativas inovadoras, sustentáveis e com comprovado impacto socioambiental. Além da projeção nacional e internacionalmente dos líderes selecionados, a Folha de S. Paulo e a Fundação Schwab – correalizadora do Fórum Econômico Mundial de Davos e idealizadora da premiação no mundo – oferecem um alto nível de qualificação e networking, viabilizando aos premiados a conquista de maiores e melhores indicadores em sustentabilidade, impacto social direto e indireto, influência em políticas públicas e escalabilidade para seus projetos. Desde a criação, em 2005, contou com 2.822 inscritos de todo o Brasil, um recorde da premiação no mundo.

O Folha Empreendedor Social de Futuro, por sua vez, é dedicado aos líderes sociais de até 35 anos que estão à frente de iniciativas mais recentes, com um a três anos de atuação. Criada pela Folha de S. Paulo em 2009, essa premiação utiliza os mesmos parâmetros internacionais da Schwab para avaliar e contemplar propostas inovadoras que ainda precisam de visibilidade e de capacitação para aumentar sua atuação e influência.

O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio de Coca-Cola e IEL (Instituto Euvaldo Lodi) – iniciativa da Confederação Nacional da Indústria. Conta com apoio do Instituto C&A e Instituto Porto Seguro, além da parceria estratégica da ESPM, Fundação Dom Cabral, Insper e UOL.