Com investimento de R$ 200 mil, Manioca vai lançar nova linha de produtos

Joanna Martins: uma história de amor pela Amazônia. Fotos: Divulgação

Para ampliar a distribuição, capacitar fornecedores de insumos amazônicos e lançar uma nova linha de produtos, o negócio de impacto Manioca recebeu investimento de R$ 200 mil da SITAWI, Conexsus e IDESAM.

A  Manioca – Sabores da Amazônia, negócio de impacto de Joanna Martins e Paulo Reis situado em Belém (PA), recebeu investimento de R$ 200 mil da SITAWI, Conexsus e IDESAM. Criada em 2014, a Manioca é uma distribuidora de produtos típicos da Amazônia que seguem para os estabelecimentos mais reconhecidos da gastronomia brasileira. Entre eles estão o tucupi, caldo amarelo aromático e ácido extraído da mandioca, e o jambu, erva típica da Região Norte também conhecida como agrião do Pará.

O investimento foi liderado pela SITAWI que, junto com os demais coinvestidores, contribuiu com R$ 85 mil do total. Com os novos recursos, a Manioca deverá ampliar a distribuição de seus produtos, capacitar fornecedores de insumos amazônicos e lançar uma nova linha de produtos.

Publicitária, administradora e pesquisadora em gastronomia amazônica, Joanna Martins é uma das filhas do chef Paulo Martins, fundador do restaurante Lá em Casa, localizado em Belém. Após a morte do pai, em 2010, suas filhas seguiram com o negócio. Daniela, irmã de Joanna, assumiu o lugar do pai na cozinha do restaurante e a publicitária decidiu apostar na rede de contatos para criar um novo braço na empresa. Ao lado do colega Paulo Reis, abriu a Manioca.

Os dois aproveitaram os produtores responsáveis pelo fornecimento do Lá em Casa, para comercializar produtos como tucupi congelado, jambu in natura e geleias típicas da Região Norte. Para continuar o trabalho de apresentar e levar os sabores da Amazônia para o mundo inteiro, a Manioca segue três princípios: trabalhar com ingredientes da Amazônia, manipulando de forma a preservar a floresta; criar produtos 100% naturais; e promover o comércio justo e responsável, preservando os costumes e o conhecimento dos produtores e suas comunidades.

Doces, geleias, temperos, farinhas, grãos e congelados: linha natural, sustentável e distribuída com base no comércio justo

O crescimento dos produtores é considerado essencial, com base na preservação de seus costumes, origens e conhecimentos. A Manioca é solidária ao entender que um produto que vem da floresta não tem a mesma constância de um manufaturado. Por essa razão, está sempre ao lado dos produtores para que a cadeia de produção possa funcionar de forma responsável.

Investimento ajudará a criar uma rede entre os produtores

Atualmente, a empresa trabalha com 24 produtores agrícolas espalhados em 13 municípios do Pará, sendo 15 agricultores familiares ou pequenos comerciantes com produções próprias. Uma parte do investimento será usada para criar uma rede entre os produtores para que possam trocar experiências de negócios entre si e para facilitar a comunicação com a Manioca. Além disso, essa rede unirá esforços para a diminuição do desmatamento e a promoção de renda para todos, possibilitando a permanência do homem no campo.

A Manioca foi um dos negócios selecionados para investimento no 1º Fórum de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia (FIINSA) realizado em novembro de 2018 pela Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) com a coordenação do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, IDESAM, e apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e do Centro Internacional de Agricultura Tropical (Ciat).

O FIINSA teve como propósito fomentar e alavancar negócios focados na valorização da sociobiodiversidade e no desenvolvimento socioeconômico da Região Norte. Além da Manioca, receberam investimentos para expandir seus negócios Peabiru Produtos da Floresta, Ração+ e Encauchados de Vegetais da Amazônia